Mulheres Ganham em Média 22% a Menos que os Homens: Um Escândalo de Desigualdade Salarial no Brasil

Desigualdade salarial no Brasil

A desigualdade salarial no Brasil existe! Qual a razão por trás disso? A sociedade é responsável pela desigualdade? Como combater esse problema?
Esses são alguns dos assuntos que abordaremos nesta matéria, especificando tudo sobre a desigualdade social no Brasil.

Nosso objetivo é; entregar toda informação sobre o problema da diferença salarial entre homens e mulheres que exercem o mesmo cargo. Além disso, mostraremos meios para combater essa disparidade.

O que é desigualdade?

Desigualdade salarial no Brasil
Desigualdade salarial no Brasil (Fonte: Freepik)

Em primeiro lugar devemos entender o que é desigualdade. Parece simples, mas a resposta para essa pergunta é mais difícil do que imagina.

De maneira curta, podemos definir da seguinte forma: desigualdade é quando duas pessoas com as mesmas capacidades, exercendo as mesmas funções recebem tratamentos distintos.

Em paralelo, a desigualdade salarial é quando homens e mulheres têm o mesmo cargo, fazem as mesmas funções, mas têm um salário diferente. 

A desigualdade salarial realmente existe?

Sim, a desigualdade salarial no Brasil é um problema que deve ser combatido!

Essa afirmação tem como base uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2023. A conclusão foi; em média, homens ganham 22% a mais do que as mulheres para fazer as mesmas funções.

Dessa maneira, fica nítido que há um grande obstáculo que deve ser superado. 

O que a lei diz sobre a desigualdade?

Em primeiro lugar, a Constituição Federal já determina a igualdade entre homens e mulheres no art. 5º, inciso I que diz: homens e mulheres possuem os mesmos direitos e deveres.

Ademais, a CLT (Código de Leis Tribalistas), Lei. 13.467/2017 também é bem clara sobre o tema no art. 461, onde determina que se a função for idêntica, todo trabalho de igual valor realizado para o mesmo empregador, no mesmo estabelecimento empresarial, deverá receber um salário equivalente, sem discriminação com base no sexo, etnia, nacionalidade ou idade.

Se a determinação legal é clara, qual a razão da desigualdade existir? Embora normas definam a igualdade, na prática, muitas vezes isso não acontece.

Agora, qual o motivo? Falaremos sobre isso no próximo tópico, continue lendo!

Por que as mulheres ganham menos do que homens?

Para discorremos sobre a razão das mulheres receberem menos precisamos olhar à história. Vamos lá!

O patriarcado

Antigamente homem e mulher tinham suas funções bem pré-definidas, funcionava assim:

  • Homem: sua função era ser o provedor, ou seja, era ele quem saía para trabalhar e prover o sustento da família. Olhe para os seus avós ou bisavós por exemplo, com certeza, nessas gerações o homem era quem trabalhava. Aliás, famílias mais tradicionais acreditavam ser uma vergonha a mulher trabalhar.
  • Mulher: sua tarefa consistia em educar os filhos e manter o lar. Inclusive devido à falta de métodos contraceptivos as famílias eram numerosas, chegando a ter 12 filhos em alguns casos.

Outra característica do patriarcalismo era a centralização do poder. Tudo estava centralizado no controle do homem, inclusive os filhos eram considerados mão de obra.

Ainda que esse modelo não seja o adequado foi devido a ele que a sociedade avançou até o momento atual.

Com o avanço da tecnologia e os métodos contraceptivos a natalidade diminuiu o que facilitou a entrada da mulher no mercado de trabalho. No começo houve represália, muitos acreditavam que a mulher só poderia trabalhar como secretária. 

Com o tempo a sociedade foi mudando e hoje existem mulheres que estão em cargos altos liderando empresas.

Qual o motivo da desigualdade salarial no Brasil?

A verdade é que existem uma série de motivos culturais, biológicos e históricos. É inegável que existe uma pré-disposição de cada sexo para buscar determinadas áreas. 

Isso fica nítido ao olhar para as universidades, por exemplo. Do mesmo modo que existem mais alunas no curso de enfermagem, entre outras formações voltadas a saúde e educação, existem mais homens na formação em ciências da computação ou engenharia.

O motivo para essa disparidade na escolha das carreiras é apenas a questão de interesse de cada indivíduo. Aliás, hoje nada impede que mulheres cursem engenharia, assim como homens se tornem enfermeiros, por exemplo.

Ainda assim, existe a desigualdade salarial, situação que deve ser analisada com cautela. Apenas para ilustrar, um(a) gerente de loja ganhará menos do que um (a) gerente de banco.

Agora, se exercer o mesmo cargo, na mesma empresa e houver disparidade salarial, existem meios de buscar a igualação por meio das vias judiciais. Além disso, sendo uma boa profissional conseguirá se posicionar no mercado, mudando de empresa. Aliás, pode até ganhar mais fazendo isso.

A visão da sociedade influencia na remuneração

Quando o comportamento humano é analisado fica nítido uma grande diferença do que é valorizado socialmente hoje. 

Mesmo com o patriarcado deixando de existir, a sociedade ainda vê com maus olhos o homem que não trabalha, chegando a ser ridicularizado, sendo uma das razões da OMS chegar à conclusão de que homens representam 76% dos suicidas no Brasil. Até porque, há uma obrigação social do homem sustentar sua família. Mesmo que não concorde com isso, esta é a realidade dos fatos!

De certa forma, é uma pressão imposta pela sociedade e até mesmo pelo próprio indivíduo para avançar na carreira e por consequência alcançar cargos altos.

Por outro lado, a mulher embora se dedique muito ao trabalho, por diversas vezes também possui a responsabilidade do lar (essa é a realidade, mas, a situação tem mudado, com a divisão de tarefas sendo mais igualitária).

Além disso, se a mulher decidir ter filhos por um certo período, terá que se afastar do trabalho na gestação e durante o primeiro ano de maternidade. 

Aliás, a população também vê como negativa a abdicação do cuidado aos filhos para se dedicar a vida profissional pela mulher e o inverso ocorre com os homens.

Em suma, o homem tende a ser mais incisivo com o aumento de salário e crescimento na carreira, enquanto as mulheres buscam mais estabilidade e segurança. Lembrando que esta é apenas uma regra geral, sempre haverá exceções.

Conclusão sobre desigualdade salarial no Brasil

Com base em tudo que falamos até aqui, é nítido que existe uma desigualdade salarial no Brasil. Ainda assim, não é possível generalizar, devendo analisar caso a caso. Além disso, entendeu que na visão da lei homem e mulher são iguais em direitos e obrigações.

Pode-se entender um pouco do fator histórico por trás da desigualdade social no Brasil; compreender que o modo como chegamos ao mundo moderno passa por uma visão patriarcal. Ademais, fatores sociais influenciam drasticamente no avanço na carreira profissional.

A melhor maneira de conseguir plena igualdade salarial é por meio dos concursos públicos, esses pagam o mesmo salário independente das características físicas e biológicas, analisando apenas a sua competência. Se isso te interessa, recomendamos que comece estudando para os concursos mais fáceis de ser aprovado.

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